Não coloque uma placa de reserva no seu coração
- Denise Flores

- 26 de mai. de 2017
- 2 min de leitura
Primeiro, fiz da maneira clássica, reservei meu coração para um amor de adolescência. Era tão apaixonada, que passei anos acreditando que um dia ficaríamos juntos porque ele era “o amor da minha vida”. O tempo passou, a vida seguiu, ele para um lado, eu para o outro. Fui lá e arranquei a plaquinha.
Anos depois, ela voltou. Coração reservado para um amigo que eu queria que fosse mais que um amigo. Quem nunca?
Passei meses vivendo essa paixão platônica. Ensaiei me declarar. Ele ficou solteiro e lá fui eu “tentar a sorte”. Ele “só gostava de mim como amiga”. Passou a paixonite, tirei a placa de reservado, ficou a amizade.
Teve uma vez que coloquei uma placa e reservei meu coração para o Bento. Lindo, bom caráter, carismático, querido por todos, um grande homem que se importa com todos e que tem um sorriso de derreter o coração. Perfeito, né? Porém, Bento era um personagem de novela vivido pelo Marco Pigossi. Sei que não podemos namorar personagens, mas achava que sairia pela rua e encontraria "meu Bento" me esperando na floricultura mais próxima.
E a placa “coração reservado para o príncipe encantado”? Esta é a mais perigosa. Esperar “pelo amor da minha vida” pode ter me custado outros amores.
Sem contar as inúmeras vezes que coloquei a placa de reserva para uma história que só existia na minha imaginação.
O grande problema disto tudo é que não dá para se apaixonar se o coração tá reservado. Seria uma traição com o dono da reserva.
Amar pode doer, então esta posição covarde de ficar na espera é bem confortável. Mas a verdade é que esta história de placa de reserva é medo de ser feliz e auto-sabotagem.
Por isso, é preciso reunir forças e arrancar a placa de uma vez por todas.
Não é preciso encontrar uma pessoa certa para amar.
Não fique esperando pelo amor da sua vida. Tenha muitos amores.
Permita-se viver todas as paixões que a vida puder te oferecer. Ao menor sinal de amor, retribua. Viva cada história pelo tempo que ela tiver fôlego para existir. Seja por uma noite, uma semana, um ano ou uma vida inteira.
Mas viva o que for real, sem reservas.






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