Uma lição chamada esperança

Primeiro dia de um novo ano, por mais de uma vez li a frase “que possamos colocar em prática as lições de 2020”. Acho uma fala super válida para o início de um novo ano, mas também acho que esta é uma premissa da vida, aprendemos e colocamos em prática, ou a vida repete a lição.

No último dia do ano, fiz um ritual onde queimei um texto listando lições que julgo ter aprendido e espero não precisar passar novamente por elas.

Não acho que esteja isenta de repetir lições, nem que esteja o tempo todo atenta e colocando em prática tudo que a vida tem me ensinado. Mas sei que tenho me esforçado.

Entendo que 2020 foi um ano de muito aprendizado, entre outros motivos, pela condição que a maioria de nós viveu: em recolhimento social. Em contato constante com a própria luz e com a própria sombra. Privados da convivência com pessoas queridas.

Ano passado aprendi a ter pequenas esperanças. Uma “técnica” muitas vezes aplicada a pacientes com doenças ameaçadoras da vida. Todo dia, uma pequena esperança, uma pequena vitória. Dia após dia.

Em 2020, para muito além do Covid, vi pessoas queridas receberem diagnósticos difíceis. Testemunhei um milagre de luta pela vida. E sigo testemunhando a luta de tantas pessoas com seus desafios causados por doenças físicas, psicológicas, emocionais e espirituais. Não é fácil.

Talvez, me contradizendo na premissa da vida repetir a lição que não aprendemos, acredito que não importa o quanto vivemos, uma lição precisa ser sempre atualizada: a esperança.

ESPERANÇA

substantivo feminino

1. sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja; confiança em coisa boa; fé.

Em 2021, e sempre, sigamos, independente dos desafios, alimentando nossas esperanças. Nossas pequenas e grandes esperanças. Nossa fé naquilo que desejamos. Nossa crença de que o melhor está por vir, e certamente, ele virá.

Denise Flores

1 de janeiro de 2021, sexta-feira

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