Sair de casa, voltar para casa, ficar em casa

No episódio de hoje, saí com a máscara combinando com meu lenço e tentei sorrir com os olhos para a foto.

Estou acostumada a trabalhar muito e ter dias loucos, indo a vários lugares, muitos compromissos, etc.

Essa semana preciso fazer duas coisas fora de casa. Marquei em dias diferentes porque acredito que muito tempo fora de casa, usando máscara, seja muito cansativo.

Tenho uma natureza acostumada com a rua, com muita gente. Eu gosto de rua e de gente.

Foi a primeira vez em que andei, algo como três quarteirões, longe da minha casa, em uma área da cidade sempre movimentada, mas que estava vazia por causa da Pandemia.

É ruim. É triste. É angustiante. É solitário.

Dá vontade de voltar correndo para casa.

Hoje também, o Brasil registrou mais de 1.000 mortes em um único dia.

Então, mais do que nunca, as ruas vazias simbolizam uma multidão no combate ao vírus.

O recolhimento se faz necessário.

Sei que chegará o dia em que vou sair de casa e encontrar as ruas com o clima que me faz perder a hora de voltar para casa.

Que sair deixará de ser um evento tão estranho. Com tantos cuidados e restrições.

Até lá, sigo recolhida, saindo apenas se extremamente necessário.

O recolhimento social segue sendo um compromisso coletivo pela vida.

Se puder, fique em casa.

Vai passar!

Denise Flores #divirtasenocaminho