Encontros
- Denise Flores

- 25 de out. de 2017
- 2 min de leitura
Cerca de 6,1 bilhões de pessoas vivem na Terra, muita gente para encontrarmos, e ainda assim, as vezes, nos sentirmos sozinhos ou perdidos.
Passamos muito tempo encontrando pessoas, na escola, no trabalho, nas ruas, em viagens. As vezes, conhecemos pessoas e conversamos por apenas dez minutos, e nunca mais esquecemos do rosto, da voz, da história de vida, daquele encontro.
Por outro lado, às vezes convivemos com uma pessoa por anos, todos os dias, e ainda assim, após a convivência ser interrompida, nos esquecemos, até mesmo o nome deletamos da memória. É como se nunca tivéssemos encontrado aquela pessoa.
Nem todo encontro é feliz, e às vezes preferíamos que não tivesse acontecido.
Mas dizem que nada é por acaso. E que toda pessoa que cruza nosso caminho, tem uma razão para estar ali.
Entre encontrar uma pessoa e estabelecer uma relação existe uma distância muito grande. Relacionamentos, para serem bem sucedidos, exigem esforço, dedicação, vontade de estar junto, ainda que geograficamente separados.
O que conta é o carinho, é se importar com o outro, e estar presente pelo outro, não pelas convenções sociais e datas marcadas no calendário.
Existem pessoas que amam demais sem nunca terem amado ou sido amadas. Tem pessoas que desacreditam o amor e desconfiam de toda e qualquer pessoa. E, muitas vezes, as pessoas passam a vida buscando o amor, sem perceber que o amor se faz presente em pequenos gestos, em momentos importantes, que fazem toda diferença, que nos dá fôlego, que muda nossas vidas.
Uma relação não precisa ser eterna para que se cumpra o propósito de um encontro.
Entre encontros programados por laços sanguíneos ou grupos sociais, ou que acontecem apenas porque precisam acontecer, existem os encontros de alma.
Estes, tão raros, são os mais preciosos. São aqueles encontros que nos fazem sorrir pela felicidade do outro e sangrar pela sua dor. Mas não é apenas por empatia, é por realmente sentimos. É como encontrar um pedaço de nós mesmos que nem sabíamos que estava perdido. É como se a pessoa estivesse dentro de nós mesmos, com toda força e emoções.
É quando queremos enfiar a mão no peito do outro e arrancar a sua dor. Queremos emprestar nosso coração nos momentos em que o dele esta cansado. Queremos ser abrigo. Quando não existe ciúmes. E toda felicidade é compartilhada.
É o tipo de encontro que nos ensina que somos capazes de amar plenamente, e por outro lado, temos a certeza que este tipo de amor não vem de um encontro, mas de um reencontro, de muitas vidas, de outros mundos.






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