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Setembro Amarelo 2018

  • Foto do escritor: Denise Flores
    Denise Flores
  • 2 de out. de 2018
  • 2 min de leitura

Setembro foi embora, na correria do mês e de férias do blog, quase não falei sobre o setembro amarelo, mas a prevenção ao suicídio é uma pauta que não pode passar batida. Quando ficamos sabendo que uma pessoa morreu de câncer, naturalmente comentamos sobre algum outro caso que conhecemos porque o câncer é uma doença muito recorrente. No último sábado, fui ao velório de uma pessoa que se suicidou, e para minha surpresa, tiveram alguns momento de "eu também conheço alguém que se matou". O suicídio, infelizmente, se tornou recorrente. Obviamente que quando participo destas conversas acabo falando sobre as experiências que vivi, a perda do meu pai, de dois amigos, da minha vizinha, da minha tia-avó, do colega de profissão, são muitas histórias. No sábado, falávamos sobre as cartas deixadas naquela ocasião, comentei sobre o e-mail deixado por Marcelo. E entre uma conversa e outra, fui enfática ao lembrar a todos que, uma pessoa que se mata não está procurando a morte, mas sim, o fim do seu sofrimento. A depressão é uma doença que mata um pouco todos os dias, e quem sofre de depressão está sempre na mira do preconceito de quem quer explicar tudo baseado em "falta de vontade", em falta de Deus. Depressão é uma doença séria, e precisa ser tratada e respeitada como tal. Entre os casos contatos, ouvi sobre a morte de João, sem coragem para se matar, ele encontrou nas redes sociais um grupo de jovens com a mesma intenção que a sua, combinou com uma garota, ela matou João, e se matou na sequência. O suicídio é a SEGUNDA causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. A cada 45 minutos uma pessoa se mata no Brasil. A cada 45 segundos uma pessoa se mata no mundo. Normalmente lido bem com a morte, mas o suicídio me comove de maneira "especial". Acredito que o suicídio é a mais solitária de todas as mortes. Quando a pessoa, sem encontrar outro caminho, decide colocar um fim na própria existência, ela reconhece para si mesma o fracasso em encontrar caminhos, ela precisa decidir se vai deixar uma carta ou não, e se resolve deixar, o que vai falar, ela precisa decidir como partir. A prevenção ao suicídio busca interromper este processo. Estender a mão antes que a pessoa puxe o gatilho. Precisamos acabar com o preconceito em cima da depressão, de outros transtornos mentais, da dependência química, para que pessoas que estejam em sofrimento se sintam acolhidas para buscar ajuda. Precisamos falar sobre depressão. Precisamos falar sobre suicídio. A todas Adrianas, Veras, Marcelos, Consolações, Franciscos, Renatos, Eduardos, Rubens... A todos que um dia se viram diante de um beco sem saída e encontraram na morte uma solução: o meu carinho, as minhas orações. As famílias, amores e amigos que ficaram, a minha empatia para enfrentarem esta dura lição. Pratiquemos a empatia, ninguém sabe o tamanho da dor que o outro carrega. #setembroamarelo #suicídio #cvv#prevençãoaosuicídio #cvv141 #cvv188#suicídionãoéfrescura

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